Trabalhos verticais
17 de Maio 2018 | Trabalhos verticais | Particular

Entrevistámos Célio Taveira, especialista em trabalhos verticais

Célio Taveira é colaborador da Britamontes e técnico de trabalhos verticais. Foi através de um amigo, que lhe deu a conhecer o potencial do trabalho em altura, que decidiu fazer as formações necessárias e aplicar as técnicas aprendidas em trabalhos de construção civil.

“Este é um trabalho que implica uma preparação física, mas essencialmente psicológica: penso sempre na minha família e isso torna-me mais cuidadoso e cauteloso. Nunca podemos descurar o cuidado com o nosso material e equipamento: no meu caso, uso uma corda de alta resistência de 1800 kilos, cinto com arnês e todos os itens de segurança que me sustêm junto ao ponto de descida. Além disso, são sempre utilizadas as técnicas que nos são passadas nas formações”.

 

Os trabalhos verticais exigem a utilização de equipamentos específicos e o cumprimento das normas de segurança.

 

“Trabalhar sozinho, em altura, também pode ser desafiante. Em muitos trabalhos pequenos e simples, não existe a necessidade de estar mais do que um técnico de trabalho vertical, apenas se mantém um assistente no solo. Em trabalhos de maior dimensão, aí sim, torna-se mais rentável uma equipa de trabalho em altura.”

Antes de se dar início a um projeto com recurso a trabalhos verticais é feito um estudo prévio da obra e um levantamento de todas as necessidades quer em termos de técnicas, quer em termos de materiais: “Depois desta verificação, o decurso dos trabalhos torna-se muito mais ágil e eficaz.”

 

“Diariamente, a nossa preparação física tem de estar ao nível da exigência deste trabalho”.

 

“A não utilização de andaimes nos trabalhos verticais é uma mais-valia a vários níveis – reforça Célio – se, por um lado, não ter de montar andaimes já representa uma poupança, o acesso privilegiado a zonas inacessíveis até com andaime é a garantia de um trabalho mais preciso e rigoroso”.

Ser técnico de trabalhos verticais, e trabalhar em altura, pode trazer alguns desafios, mas traz também um ângulo de visão único sobre o trabalho a desenvolver.

Célio recorda alguns trabalhos de maior dificuldade em que trabalhou sozinho, mas destaca a obra de que mais se orgulha: “Trabalhei num edifício muito original no Parque das Nações que se parecia com um barco. O esquema de pintura era muito colorido e o resultado final foi muito bonito e ilustrativo das potencialidades deste trabalho. Seria como se fosse a minha Mona Lisa, a minha obra prima foi aquela!”.

 

Depois de asseguradas todas as medidas de segurança, há sempre espaço para boa disposição no trabalho.

 

 

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